quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Os dez nomes fundamentais da filosofia ocidental

Por oficina-literaria.blogspot

469 a.C. - Sócrates

Embora desde o século 6 a.C. nomes como Heráclito e Pitágoras já tentassem buscar o princípio material das coisas (physis), Sócrates é considerado o marco da filosofia – mesmo sem ter deixado obra escrita. Segundo ele, todo comportamento ilegal ou imoral é um erro, o conhecimento é a virtude e ninguém faz o mal por querer. Sócrates deixa o mundo físico de lado e se volta para a metafísica e a moral.


427 a.C. - Platão

É ele quem apresenta ao mundo as reflexões de Sócrates. Apontado como um dos pilares da filosofia ocidental, ele divide seu pensamento entre o mundo sensível (onde vivemos) e o das idéias (acessível somente para a alma), além de fundar sua própria escola, a Academia, onde transmitiria suas idéias para futuros filósofos.
384 a.C. - Aristóteles

Embora tenha sido seguidor e aluno de Platão na Academia, Aristóteles nunca foi seu discípulo incontestável – não concordava com a idéia defendida sobre o mundo superior e se concentrou nas ciências da natureza. Fundou o sistema-base dos estudos de lógica até o século 19, que utiliza o silogismo, como em: “Todos os homens são mortais; Sócrates é homem; logo, Sócrates é mortal”.

354 - Santo Agostinho

As reflexões do pensador são um marco na transição entre a filosofia praticada anteriormente e o período medieval (época em que a atividade esteve muito relacionada à teologia, suplementar à religião). Moldando as idéias platônicas de acordo com sua abordagem, combina a fé (fundamental para a filosofia cristã) e a razão (sem a qual a fé não se consolida).

1596 - René Descartes

É considerado o pilar da filosofia moderna e um dos responsáveis por libertá-la do pensamento teológico. Autor da frase “penso, logo existo”, elabora uma teoria racionalista e defende o dualismo em que mente e corpo têm naturezas distintas: a essência do “eu” seria o pensamento, e a do corpo, a extensão.

1632 - John Locke

Contrário ao pensamento de que o homem possui idéias natas, Locke funda o empirismo, sucedendo o racionalismo de Descartes – é autor de Ensaio Sobre o Intelecto Humano, uma das obras que mais colaboraram para essa escola. Sua atenção se volta para questões como as capacidades da mente e a natureza do conhecimento, influenciando o pensamento britânico da época.


1724 - Immanuel Kant

Suas reflexões surgem no momento em que a filosofia estava dividida entre as duas idéias anteriores: o empirismo de Locke (adotado na Grã-Bretanha) e o pensamento racional da Europa. O filósofo faz uma síntese das correntes: reconhece a idéia empírica de que a experiência é a origem das crenças e rejeita a afirmação de que verdades são determinadas apenas pela razão.

1770 - Friedrich Hegel

Filósofo idealista alemão influenciado pelo pensamento de Kant, Hegel acreditava que a mente ou o espírito constituíam o que chamava de realidade última. Suas idéias influenciam o pensamento europeu com a dialética do absoluto, sistema em que tudo estava inter-relacionado – filosofia, religião e arte formam meios de compreensão absolutos.



1844 - Friedrich Nietzche

Coloca em questão a história da filosofia, criticando os valores morais defendidos por Sócrates. Ataca a crença da realidade imutável e estimula a confiança no senso comum como uma forma eficaz de entender o mundo.

1905 - Jean-Paul Sartre

Símbolo da influência existencialista de Nietzsche, com Sartre a existência humana não necessita mais de justificativa exterior e o aqui e agora é a questão da vez. Sua pergunta primordial é: “O que é existir como ser humano?”. Publica uma das obras de referência do existencialismo, O Ser e o Nada, e descreve o que denomina a realidade dos homens de modo geral.

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