quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Alemã é sugada de parapente por tempestade

por guiadeesportes.com.br

Esportista alcançou 9.144 metros de altitude, superando o cume do Monte Everest, e perdeu a consciência, mas ficou flutuando até pousar, a 60 km de onde partiu.

Com ferimentos no rosto, Ewa Wisnerska, congelou a mais de 9 mil metros de altura.

CANBERRA, Austrália - Uma paraglider alemã sobreviveu após supostamente ser sugada por uma tempestade com força de tornado na Austrália e jogada a uma altura superior à do Monte Everest, informou uma rádio do país.

"Você não imagina a força. Você se sente como nada, como uma folha sendo levada", disse Ewa Wisnerska à rádio australiana Broadcasting Corp.

Wisnerska, de 35 anos, teria sido carregada a uma altura de 9.144 metros - superando os 8.850 metros do Everest, a maior montanha do mundo -, enquanto praticava vôo livre perto de Tamworth, 280 quilômetros a noroeste de Sidney.

Considerada a mais experiente mulher nessa categoria, Wisnerska realizava um exercício para uma competição internacional que aconteceria na semana seguinte.

He Zhongpin, um membro da equipe chinesa de 42 anos, morreu na mesma tempestade, que atingiu cerca de 200 pessoas que praticavam o esporte.

Segundo a esportista, não é difícil que um paraglider permaneça flutuando mesmo que o piloto esteja inconsciente. "Este é um dos mais estáveis aparatos de vôo existentes, porque o peso do piloto faz com que as asas do objeto permaneçam estendidas", disse. "Se lançarmos um paraglider com um saco de batatas, ele permanecerá flutuando até que perca altitude e pouse."

"Eu fui sacudida o tempo todo. A última coisa que lembro é que estava escuro, eu podia ver relâmpagos em toda a minha volta", disse Wisnerska.

"Não havia oxigênio. Ela podia ter sofrido danos cerebrais. Mas depois ela retornou para uma altura de 6.900 metros com gelo por todo o seu corpo e lentamente desceu", disse um dos mais experientes paragliders australianos, Godfrey Wenness.

Inconsciente, Wisnerska deu entrada no hospital com bolhas e ferimentos graves no rosto e nas orelhas, provocados pela provável permanência por 1h30m às baixas temperaturas. Ainda em vôo, a esportista ficou inconsciente pela falta de oxigênio provocada pela altitude.

Wenness disse que a paraglider estava tentando desviar da tempestade que se avizinhava, mas ficou presa quando duas ondas se fundiram. Ela pousou a 60 quilômetros do local de onde partiu, sendo rastreada por um GPS.

"A sobrevivência dela é equivalente a ganhar na loteria dez vezes consecutivas", disse Wenness. "Em 99,99% dos casos, um incidente como esse resulta na morte do piloto."

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