quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

A cidade-fantasma do século XXI no país mais populoso do Mundo


China, o país mais populoso do mundo, com mais de 1,3 bilhão de pessoas, abriga uma cidade denominada “cidade-fantasma” do século XXI. Localizada no deserto de Ordos, na Móngólia Interior, o distrito de Kangbashi possui ruas largas, belos prédios, casas confortáveis, centros comerciais, praças amplas e até um museu de arte em formato futurista. Planejada para abrigar 1 milhão de habitantes, a cidade começou a ser construída em 2004 e em 5 anos foi concluída, custando ao governo da República Popular da China, cerca de US$161 bilhões.

O trânsito só não é pior que o da Lagoa da Conceição no verão.

Dia de muito movimento na cidade.
A região de Ordos foi escolhida pelo governo chinês para a instalação da cidade pois é uma das mais prósperas do país. Dona de 1/6 das reservas de carvão da China, vem se desenvolvendo com a forte demanda de energia termoelétrica. Graças a isso, estima-se que nos próximo dois anos Ordos assuma a liderança na renda per capita – que já é maior do que a da capital Beijing e Xangai -, tornando-se a região mais rica do país.

Mongólia Interior em laranja e a região de Ordos em vermelho.

Mineiros suados saindo da mina de carvão.

Além da infraestrutura de primeiro mundo, por se tratar de uma região que sofria com a escassez de água, foram construídos três grandes reservatórios híbridos para sustentar o desenvolvimento de Kangbashi.

Um dos reservatórios. A região desértica sempre teve problemas de abastecimento de água.

Tudo pronto, agora só faltavam os habitantes. Porém, o alto preço do metro quadrado e o medo do fracasso do empreendimento fizeram com que a ocupação não ocorresse como o programado pelo governo. Do 1 milhão de habitantes esperados, há apenas 30.000 pessoas morando atualmente no distrito e a maioria são funcionários da administração pública. Embora seja um número não muito baixo, a ocupação é considerada pífia e por isso não há escolas nem hospitais em funcionamento. Internet banda larga, nem pensar, o que limita ainda mais a ocupação. É um ciclo vicioso.

Abaixo, você confere uma reportagem realizada pelo bloomberg em Kangbashi e mais fotos da cidade-fantasma do século XXI.



Kangbashi vista de cima. Foto: DigitalGlobe


Trânsito tumultuado é policial cansado e saturado. E o pior é que não tem Cow Parade na China.

O tal Museu de Arte futurístico. Só se for em 2004.

Uma construção estilosinha.

O redondo de Kangbashi.

Casinhas bonitinhas. Morava aí fácil.

Uma das poucas indivíduas que foi visitar o Centro Comercial da cidade. Só faltam as lojas.

Foto simetricamente bem tirada.

Monumento na praça central.

Biblioteca.

Casas da Cohab. Brincs.

Essa não foi tão bem tirada quanto a outra.


Vendedor de picolé. Só pode ser uma miragem no deserto.

O segundo redondo de Kangbashi. (Escrevi tudo isso e ainda paro pra pensar em como se escreve o nome da cidade)
Cidade bonitinha, né? Pena que é só mais uma "obsessão-capitalista" chinesa, caracterizada por investimentos governamentais gigantescos, que não deu certo.

Fonte: China Daily

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