Se estivesse vivo, Elvis Presley completaria 75 anos nesta sexta-feira. Um colapso cardíaco fulminante pôs fim à vida do rei do rock em 16 de agosto de 1977, quando ele tinha 42 anos. Nem a morte, porém, foi capaz de acabar com o sucesso do astro. Ao contrário: transformou Elvis de ídolo em mito. Prova disso é que, somente em 2009, as vendas de músicas, CDs e demais produtos com a sua marca renderam 55 milhões de dólares à Elvis Presley Enterprises, administrada pelo magnata Robert Sillerman. Em mais de 20 anos de carreira, o astro acumulou glórias e recordes no showbiz, com milhões de discos vendidos e participação em 32 filmes.
Sua carreira começou de uma forma curiosa. Em 1953, Elvis Aaron Presley,um garoto da cidadezinha de Tupelo, presenteou a mãe com um compacto que havia conseguido gravar na Sun Records. O então motorista de caminhão não poderia imaginar que esse simples presente de aniversário traria tantas e tamanhas consequências. A partir daí, a escalada rumo ao topo começou. Em uma feira musical, chamou a atenção do empresário Tom Parker, que convenceu os diretores da gravadora RCA a lançarem um LP daquele jovem de topete e roupas chamativas que mexia as pernas como ninguém. O primeiro LP vendeu mais de um milhão de cópias e Elvis Presley acabou conquistando os EUA.
Em 1958, foi convocado para o serviço militar. O Exército, porém, fez com que Elvis perdesse muito de sua fama de rebelde. Foi então que seu empresário achou melhor que o cantor ficasse longe do público por um tempo. O astro, abalado também pela morte da mãe, assistiu de casa ao surgimento dos Beatles e dos Rolling Stones. A partir de então, Elvis aparecia cada vez menos em público e os shows eram cada vez mais esporádicos. Mesmo com as raras apresentações, ainda era capaz de surpreender seus fãs. Em 1969, após nove anos sem aparecer em público, Elvis se apresentou nos Estados Unidos e seus shows foram considerados um novo fenômeno pela imprensa internacional.
Em março de 1977, cinco meses antes de morrer, fez sua última turnê e arrebatou multidões, mesmo com a aparência envelhecida e muitos quilos a mais. Nos últimos anos de sua vida, a imprensa americana começou a noticiar suas ligações com as drogas. Segundo depoimentos de pessoas próximas, Elvis tomava pílulas para trabalhar, para dormir, para acordar, para emagrecer e até para ir ao banheiro. Padecia também de uma doença no intestino que o levou a duas temporadas no hospital.
Depois de sua morte, as polêmicas sobre sua vida pessoal começaram a surgir. Em 1985, sua ex-mulher, Priscilla Presley, com quem foi casado de 1959 a 1973, lançou o livro Elvis e Eu, revelando que o primeiro ídolo do rock do mundo era moralista, pudico e uma “criança grande que nunca amadureceu”. Dois anos mais tarde, outro livro sobre o astro foi lançado. Desta vez, Lucy Balbin garantia não só ter vivido um romance secreto com Elvis como dizia também ter uma filha cuja verdadeira identidade ele nunca reconheceu.
Mas as controvérsias não riscaram a imagem de Elvis. Fãs nostálgicos seguem abastecidos com coletâneas de CDs e vídeos relançados periodicamente. Mas foi uma “reaparição” inusitada, em 2002, que chamou atenção do público e fez Elvis voltar ao topo dos paradas quase três décadas após sua morte. A razão? A trilha sonora do desenho animado Lilo & Stitch, da Disney, que se tornou uma das mais vendidas nos Estados Unidos, trazendo como prato principal seis canções do pioneiro do rock.
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