O papa Pio 12 escreveu pessoalmente ao presidente americano Franklin D. Roosevelt durante a Segunda Guerra Mundial para pedir-lhe para poupar Roma de um possível bombardeio.
A carta divulgada recentemente revelou a extensão da angústia do Vaticano com os ataques dos Aliados sobre a cidade e seus tesouros culturais e arquitetônicos.
No texto, com data de 30 de agosto de 1943, o papa disse que a Itália foi "algemada e ficou sem os meios necessários para defender-se."
O papa continuou: "nós esperamos e rezamos para que as forças militares poupem as populações civis inocentes, em especial de igrejas e instituições religiosas, dos estragos da guerra."
O papa Pio 12 é uma figura controversa que é criticada por não condenar os alemães por terem caçado os judeus italianos.
Os britânicos e os americanos começaram os ataques em Roma em 16 de maio de 1943. Um dos mais pesados foi em 19 de julho de 1943, quando mais de 500 aviões dos Aliados bombardearam pátios ferroviários de mercadorias, fábricas de aço e uma pista de pouso, matando centenas de civis.
A Itália assinou um armistício com os ingleses e os americanos em setembro de 1943, depois que Mussolini foi deposto do poder. Mas Roma não foi libertada dos alemães até junho de 1944.
A carta foi mantida por décadas pelos Cavaleiros de Colombo, uma sociedade de ajuda mútua católica que foi fundada em Connecticut (EUA) em 1882 e que foi um importante canal de troca de informação entre Washington e o Vaticano durante a guerra.
Ela será exibida publicamente pública nos Museus Capitolinos de Roma como parte de uma exposição comemorativa dos 90 anos de amizade entre a cidade e os Cavaleiros de Colombo.
*Com informações do Telegraph
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